27/01/2016

Rodovias do Vale do Ivaí, Estrada do Jacutinga e memórias das eleições de 1998.
Lembro-me das condições em que se encontravam as rodovias no Vale do Ivaí no ano de 2002.
Estavam se completando 8 anos de Jaime Lerner (PFL, atual DEM) e de Fernando Henrique Cardoso, o FHC do PSDB...

Nesta segunda-feira (14), o deputado Artagão Júnior acompanhou os prefeitos Fábio Hidek (São João do Ivaí) e Carlos Gil (Ivaiporã), além de outros prefeitos…
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... 8 anos de muita corrupção.
Já a reeleição Lerner/FHC, no ano de 1998, foi uma pouca vergonha. Bem certinho, nada de vergonha na cara. Em 1998 tivemos a primeira eleição com possibilidade de reeleição, depois que FHC, como primeira iniciativa de proposta de Emenda Constitucional de seu governo, se propôs a admissibilidade da reeleição em cargos do poder executivo, como presidente, governadores e prefeitos. O escândalo da compra de votos para a reeleição, com provas concretas de que muitos parlamentares venderam seus votos por R$200.000,00 cada. Lembro-me que o engomadinho Alvaro Dias, tendo trabalhado na privatização da Telepar, fez acordo branco e se elegeu para o Senado Federal da República, de onde nunca mais saiu. Nem o Nícolas Maduro passou perto de tanta longevidade nas benécies do poder. Alvaro deixou o PSDB, por assinar requerimento para a instalação da CPI da Corrupção contra o governo FHC. Osmar Dias, seu irmão, também longevo nas estruturas do poder, também assinou em favor da CPI. Flávio Arns, assim como Alvaro deixou o PSDB e filiou-se ao PT, onde eleger-se-ia Senador da República, mas não terminaria o mandato no PT. Alvaro Dias, retomemos 1998, usou e muitas vezes o jatinho do doleiro Alberto Yousseff de Londrina, operador do deputado do PP, o José Janene. Mas não era de graça. Quem pagava pelos vôos era o povo de Maringá, como depois acabou revelado pelo ex-secretário Paolichi, brutalmente assassinado anos depois, num típico caso de queima de arquivo. A experiência de luta contra a corrupção em Maringá, ou em Londrina, onde em 1998 funcionou o esquema AMA/COMURB do Antonio Belinati do PP, não foi suficiente para acabar com a corrupção nesses municípios e muito menos no Paraná. No estado as compras de votos eram bancadas com dinheiro de caixa dois derivados da privatização da Telepar, concessões de telefonias e de rodovias, rede ferroviária, vendas de ações da Copel e Sanepar, privatização do Banco do Estado do Paraná, o Banestado. O Banestado as Contas CC5 foram uma farra. Um dos maiores escândalos de corrupção de todos os tempos no Brasil e no mundo. Lá estava o delator Alberto Youssef. Lá estava o juiz Sergio Moro dando ao doleiro o benefício da colaboração. Na liquidação do Banestado, o Lerner e o Reinhold Stephanes assinaram em nome da população paranaense um compromisso de pagamento de uma dívida monumental durante 30 anos. Ainda de 1998, relegeram-se Lerner e FHC, respectivamente contra Roberto Requião e Luis Inácio Lula da Silva e elegeram amplas bancadas do PSDB/PFL e afins.
Lembro-me bem daquelas reeleições de 1998. O FHC jurou de pé junto que o Real era muito forte e que a política econômica receitada pelo Fundo Monetário Internacional - FMI, de Taxa Selic a 45% era a nossa salvação. Dias depois, o Real desmorona frente ao dólar e os banqueiros amigos sacam tudo antes da "crise". No Paraná, o Lerner saiu prometendo obras com os deputados estaduais do lugar, numa típica política de coronéis regionais. No Vale do Ivaí tínhamos o Miltinho Púpio, distribuindo cheque e prometendo obras. Asfalto para Ariranha do Ivaí, Arapuã a Romeópolis. Quantas obras iniciadas e abandonadas após a reeleição do Lerner.
Lembro-me das condições em que se encontravam as rodovias no Vale do Ivaí no ano de 2002.
Lembro-me que neste ano, Roberto Requião do PMDB, elegeu-se governador falando que o pedágio ou abaixava ou acabava. Falava também que investiria nos chamados "caminhos da liberdade", investindo nas rodovias não privatizadas e oferecendo alternativa de qualidade a veículos e caminhões. De fato, justiça seja feita: as rodovias do Vale do Ivaí foram recuperadas. Entre Reserva, Cândido de Abreu, Manoel Ribas, o que estava em cacos, foi dignamente recuperada. Entre a Placa Luar, Lunardelli, São João do Ivaí, Barbosa Ferraz, Fênix, Engenheiro Beltrão, igualmente recuperada das crateras e do mato, ao asfalto e sinalização. De Pitanga a Mauá da Serra. Borrazópolis, Kaloré, Marumbi, Jandaia. Rodovia do Milho. Muito investimento em recuperação asfáltica das rodovias do Vale do Ivaí no governo Requião.
Nas eleições de 2014, Requião perdeu as eleições para o reeleito Beto Richa do PSDB. O deputado estadual Artagão Júnior, que se mantém no PMDB de Requião e tem votado junto com o governo do Beto do PSDB, tem argumentos de sobra para convencer o governador a investir na recuperação das rodovias do Vale do Ivaí. Não tem como dar errado. E as obras que o Beto Richa do PSDB autorizou, deu ordem de serviço para as empreiteiras iniciarem antes da campanha eleitoral de 2014 e que no ano seguinte foram interrompidas por falta de dinheiro, por falta de responsabilidade fiscal, por falta de vergonha na cara. Obras prometidas e iniciadas em todo o Paraná e abandonadas. Em Ivaiporã, tem a Rodovia Municipal Nicolau Koltun. As placas ostentam o valor de 1 milhão e 50 mil reais. As obras chegaram até o Rio Pindaúva e pararam. Ao menos este recape, depois da irresponsabilidade de 2006, quando fizeram uma capinha de asfalto sobre a pedra irregular, obra que consumiu outro milhão de reais e não durou dois anos. Em 2008 já estava todo esburacado. O primeiro asfalto da estrada do Jacutinga, já foi eleitoreiro, feito para durar até a eleição.
Que agora se consiga liberar esses recursos e que se faça algo de qualidade.
O Jacutinga merece.