30/03/2010

As relações íntimas de Gilberto Dimenstein

 


O colunista Gilberto Dimenstein, integrante do conselho editorial da Folha de S.Paulo, virou um inimigo declarado da greve dos professores paulistas. Nos protestos da categoria, faixas contra o jornalista são expostas e os adjetivos desferidos contra ele são impublicáveis. Não é para menos. Nos últimos dias, ele já escreveu três artigos provocadores contrários à paralisação – “uma greve contra o povo”, “vocês desrespeitam os professores” e “professores dão aula de baderna”.
Neste último, publicado logo após a brutal repressão da PM de José Serra contra os grevistas, ele exagerou no seu reacionarismo e na distorção dos fatos. “Fico me perguntando como os alunos analisam as imagens de professores desrespeitando a lei e atirando paus e pedras contra a polícia, como vimos na manifestação nos arredores do Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo – afinal, supostamente são os professores que, em sala de aula, devem zelar pela disciplina”.

Serra, Kassab e a ética jornalística
Metido a especialista em educação, Dimenstein sempre desprezou a categoria dos professores, procurando desqualificá-la profissionalmente e responsabilizando-a pela precariedade do ensino. Neoliberal convicto, ele é adepto da chamada meritocracia, que rebaixa o papel do poder público e exacerba no elogio ao individualismo. No terreno político, o colunista da Folha também nunca escondeu a sua simpatia pelos tucanos. Ficou famoso o seu artigo “Parabéns, Serra”, no qual ele paparica o governador paulista pela concessão de bônus, em detrimento dos reajustes salariais.
Nos últimos anos, Dimenstein também se aproximou do prefeito demo Gilberto Kassab. A organização “não-governamental” Associação Cidade Escola Aprendiz, criada pelo jornalista, firmou várias parcerias com a prefeitura da capital paulista. Esta relação íntima com os demos-tucanos talvez explique porque tanta verborragia contra a greve dos professores e tamanha bondade com Serra e Kassab. O blog Namarianews, famoso por vasculhar as contas públicas, escancarou a sujeira.

R$ 3,7 milhões para o "aprendiz" tucano
Ao pesquisar a “planilha do balanço e prestação de contas do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (Fumcad)”, ele descobriu alguns contratos firmados entre o prefeito Gilberto Kassab e a Associação Cidade Escola Aprendiz. Eles somam R$ 3,7 milhões dos cofres públicos entregues à ONG fundada por Gilberto Dimenstein. Os dados, retirados do Diário Oficial de 5 de fevereiro de 2009, colocam em xeque a ética e a independência do badalado colunista da Folha:

2006
- Escola na Praça (de 02/05/06 a 01/05/07) – 170 alunos de 04 a 16 anos – R$ 264.446,00;
- Trilhas Urbanas (de 02/05/06 a 01/05/07) – 95 alunos de 15 a 17 anos – R$ 144.510,00;

2007
- Projeto Trilhas na Vida (de 01/03/07 a 01/03/08) – 160 – 14 a 17 anos - R$ 776.566,30;
- Aprendiz das Letras (de 01/07/07 a 29/02/08) – 60 – 04 a 15 anos – R$ 87.594,72;
- Percurso Formativo (de 01/07/07 a 29/02/08) – 70 – 12 a 18 anos – R$ 222.300,00;

2008
- Trilhas na Vida (de 01/04/08 a 31/03/09) – 120 – 14 a 17 anos/11 meses – R$ 848.744,39;
- Aprendiz das Letras (de 01/05/08 31/12/08) – 60 – 04 a 15 anos – R$ 85.610,00;
- Percurso Formativo (de 01/05/08 31/12/08) – 115 – 11 a 18 anos – R$ 369.840,60.

Em outras edições do Diário Oficial da Cidade, o blog ainda descobriu mais alguns projetos aprovados:
- Comunidade Educativa - Escola na Praça – por 12 meses a partir de 02/04/2009 (para 75 adolescentes) - R$ 439.474,17 (DO da Cidade de 26 de março de 2009);
- Formação - Agência de Notícias – por 12 meses a partir do dia 01/04/2009 (para 20 estudantes de 14 a 18 anos) - R$ 108.302,00 (DO da Cidade de 31 de março de 2009);
- Trilhas – por 12 meses a partir de 02/04/2009 (para 60 adolescentes) - R$ 317.834,56 (DO da Cidade de 2 de abril de 2009);
- Já com a Secretaria de Cultura do Estado, a ONG de Dimenstein firmou o contrato 457/2009, de 36 meses para o projeto Escola da Rua - R$ 60.000,00 (DO de 25 de dezembro de 2009).

Comentário final do blog Namarianews: “Total geral (parcial) daquele aprendiz que trata com amor aqueles que o amam: R$ 3.725.222,74”.
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Postado por Miro

20/03/2010

Filho do prefeito Beto Richa teria copiado monografia da internet e não se formou

Mauricinhos na política: O “Control + C e Control + V” ataca outra vez!

Ti-ti-ti tão falado em Curitiba quanto o episódio dos diários avulsos secretos da Assembleia Legislativa do Paraná, dá conta de que um dos filhos do prefeito Beto Richa, o Marcellinho, não colou grau junto com sua turma da faculdade de Direito porque foi pego pelo professor com a mão na massa. Ele teria copiado da internet uma monografia de universidade da Bahia e a malandragem foi facilmente detectada pelo seu professor da Universidade Positivo, antigo Unicenp. Resultado: não se formou junto com a turma, cujo nome prestava homenagem ao avô do menino e pai do prefeito, o ex-governador José Richa. Teve de bater em retirada depois mesmo de já estarem circulando os convites de formatura confeccionados e que trazem o nome do piá. Para aumentar a vergonha, o prefeito teve de prestigiar a colação de grau dos outros estudantes, os que passaram sem plagiar trabalho de conclusão de curso. Os comentários que circulam na city são de que, agora, a família ilustre processa a universidade pelo ocorrido, quando deveria conferir cidadania honorária ao corajoso e eficiente professor.

O garoto já ensaia entrar pra política, pois é representante da juventude do PSDB de Curitiba e vem se dedicando à campanha do pai ao governo do estado no ninho tucano paranaense. Demonizar o Marcellinho não é o ponto crucial. O fato é que esse episódio ilustra um pouco do que acontece com a renovação pela via genética dos quadros políticos nas nossas instâncias de poder. Por sorte, a exposição do seu ‘modus operandi’ para a vida pública vem de certa forma cortar as asas do tucaninho e inaugurar seu currículo político com uma reprovação. Assim, é possível perceber também o porquê de o pai, em intensa campanha pelo interior para se eleger governador dos paranaenses, e que propagandeia com orgulho o status de ser engenheiro, faz uma péssima administração na cidade de Curitiba em seu segundo mandato, relegado ao comando do vice, o “socialista insosso” Luciano Ducci.

O tucano Beto Richa é do tipo que perde prazo para apresentação de projetos de captação de recursos junto ao governo federal (como foi o caso do Projovem no ano passado), peca na qualidade das propostas formuladas (quando formula) e admite publicamente que desconhecia regras de convênios, como aquelas do PAC da Copa para financiamento de obras. Esse foi exatamente o caso da novela do tão sonhado metrô curitibano que até hoje não tem projeto definido, nem mesmo um que seja copiado pela fórmula Control + C e Control + V da família. Prometido na campanha de reeleição do Beto para a prefeitura, metrô não passava de uma cortesia com chapéu do governo federal, que é quem realmente tem o poder e a competência de fazer essa obra com seriedade e respeito aos curitibanos. Beto queria dinheiro a fundo perdido para gastar no melhor estilo “Linha Verde” de desperdício, quando o requisito básico do convênio de investimento urbano era o de emprestar o recurso, com tempo de carência e condições de pagamento iguais para todas as cidades-sede, como Porto Alegre (RS) e Belo Horizonte (MG).

A política está cheia de “Mauricinhos” ou de “Marcellinhos” que aprontam das suas na maior cara dura e que se valem de seus pedigrees para continuarem na vitrine do poder público. Não é necessário dizer que também se transformam em péssimos gestores, que sobrevivem da maquiagem publicitária para continuarem em ação. Por herança política genética, porque seus erros foram minimizados com a tradicional passada de mão na cabeça ou simplesmente porque foram abafados com cartoraços, eles acabam ocupando cargos importantes, posições estratégicas, elegendo-se e reelegendo-se em administrações e mandatos prejudiciais à saúde do povo. Basta ligar a TV e abrir os jornais para encontrar esses exemplos de filhos, sobrinhos e netos das raposas do poder.

Quem cita mais alguns? Comente este artigo, indicando os nomes, cidades, estados e partidos dos políticos bebês-chorões mais próximos de você!

14/03/2010

Buracos no Asfalto de Ivaiporã: quem são os culpados?

A oposição ao Governo da Renovação, no auge da sua arrogância propôs a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito - CPI, a partir de denúncia do vereador Jaffer Saganski de que o Prefeito Cyro Fernandes teria negligenciado na manutenção da malha asfáltica de Ivaiporã.
O vereador Jaffer foi ao Jornal Paraná Centro e disse que também protocolou denúncia semelhante no Ministério Público arguindo que referida negligência ensejaria ato de improbidade administrativa.
Como é difícil lidar com a política dos caras de pau.
O povo de Ivaiporã sabe que Jaffer é aquele genro do ex-prefeito Pedro Papin, que numa matéria em rede nacional do Jornal da Globo sobre o "nepotismo" disse que na condição de futuro genro era muito pouco o salário que recebia. Vale lembrar que entre 10 e 12 de março o vereador e outros foram à Brasília participar de um seminário sobre o nepotismo. Quem sabe agora que o nepotismo já está devidamente proibido pela Súmula 13 do Supremo Tribunal Federal, o vereador tenha aprendido alguma coisa. Difícil era conter a fome e a ganância por cargos da família Papin quando eu era vereador e apresentei projeto de lei tentando proibir a contratação de parentes. Deram 4 tiros em minha casa.
O que o povo de ivaiporã ainda não sabe e vai chegar a hora de saber é da quantidade de Ações Civis Públicas por Improbidade Administrativa que o Ministério Público já propôs e o Judiciário já acatou contra os opositores do Governo da Renovação. Acho que eles estão nervosos.
Mas voltemos à manutenção do asfalto de Ivaiporã.
A maior parte do asfalto de Ivaiporã, foi feita na administração de Flavio Teixeira entre 1983 e 1988.
Depois, merece destaque a administração Melvis Muchiutti que fez asfalto novo e fez um recape na Av. Paraná em 1993 que está durando até agora.
Nove anos depois, em 2002, a administração Pedro Papin fez um recape nas avenidas Brasil e Souza Naves entre o Banco do Brasil e Vara do Trabalho e entre o Banco do Brasil e o Correio, respectivamente. Vale lembrar que este recape asfáltico foi feito em Concreto Betuminoso Usinado a Quente - CBUQ, um material mais caro e que deveria durar no mínimo uns 15 anos. Infelizmente, este recape já se acabou.
Outro recape feito foi em 2005 na administração Célio Pereira, na Avenida Brasil e entorno da Rodoviária. A administração Célio Pereira fez outras ruas de recape com recursos próprios e fez muito tapa-buraco, mas mesmo assim o ex-prefeito não conseguiu fugir do apelido de Célio Buraqueiro.
A manutenção da malha asfáltica não foi adequada ao longo dos anos. Muito tapa-buraco e pouco recape.
Depois em 2009, nossa administração do Governo da Renovação realizou mais de 50.000 metros quadrados de recape asfáltico. Mesmo tendo em nosso primeiro ano de governo o pior ano da história em repasses do Fundo de Participação dos Municípios - FPM, maquinário e veículos sucateados. Fizemos muito, mesmo com as chuvas intermitentes de todo o segundo semestre de 2009.
O povo sabe que o asfalto de Ivaiporã não se estragou em 2009. Se estragou ao longo dos anos sem a manutenção adequada que seria o recape ao invés de tapa-buraco.
Que é que foi negligente na manutenção do asfalto de Ivaiporã?
O asfalto da fazenda do ex-prefeito, feito com maquinário e funcionários da Prefeitura vai bem obrigado. Aquele foi bem feito.
Que a CPI investigue e encontre os responsáveis pelos buracos.